A relação com a falta
na relação com o outro
Na relação com a falta
conseguimos avaliar a nossa maturidade afetiva. Na falta do outro. E na falta
para o outro. Na falta do outro,
enquanto a nossa capacidade de não sermos carentes e sobrevivermos felizes com
as nossas próprias coisas. Na falta para o outro, enquanto a felicidade com as
nossas próprias coisas ser tão grande que o outro acabe sentindo a nossa falta
dado os momentos de divisão. E isso independe o estado civil. Acontece enquanto
estamos solteiros e enquanto estamos casados. Acontece quando estamos nos
conhecendo, ou seja, nos começos, nas transições de solteiros para casados. É o
“balance” das relações. Cada pessoa está em um determinado ponto dessa relação
com a falta. E implica que cada um também esteja em um grau muito particular na
necessária luminosidade do próprio mundo (trabalho, amigos, família). Logo, as
dificuldades de se encontrar alguém e também de se manter feliz com alguém,
dependem dessa questão com a falta. Estar com alguém que tem um “balance”
parecido com o nosso, pode assegurar mais leveza na relação. Se estivermos
solteiros, então é crucial. Demonstrou carências, perdeu pontos! Creio que ter
grandes e maravilhosos amigos ajuda nesse contexto. O fortalecimento pelo
grupo. Quem não anda só e só anda em boa companhia, leva o crédito de ser bem
recomendado. Às vezes, entretanto, não funciona. Existem faltas
personalíssimas. Por exemplo, quando estamos nos apaixonando. A falta e o
outro. Isto é, que pena, viver é bem mais difícil do que escrever; sobre viver...
Jayme Camargo
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