domingo, 19 de maio de 2013

domingo



Delírios no domingo

Sentado na sacada vejo o alvorecer de um discreto azul no céu. Claro, são 6 e 33 da manhã. Tudo se transforma. Entre acertos e equívocos, achados e perdidos, a semana passada passou. O tempo nos dá e nos tira. E tempo é sempre tempo de vida. Vamos vivendo, vivendo, vivendo, até o derradeiro momento. Tudo vira história depois que morremos. Mas, o tempo é sábio. É sempre bom sermos relembrados. Por isso ele vai passando. E fazendo alguns de nós refletirmos. Quando olhando pro céu paramos e ficamos rememorando os acontecimentos de um espaço de tempo, estamos pensando sobre o tempo de nossas coisas. Sobretudo depois de uma noite insólita, na qual o princípio do dia vem num azul turvo e em uma manha semi-molhada, chuvosa. A vida, sempre bendita e madrasta, vai acontecendo nesse mesmo tempo (que estamos falando). E vai se dando enquanto encontros e desencontros. Alegrias e tormentos. Assim algumas vivências, pelo nosso natural desconhecimento do outro, por vezes se dão com enganos. São os deslizes de quem vive a vida. Equívocos acontecem, ditado de toda a gente. Ainda bem que o tempo passa. E nos dá a chance de fazer diferente. A semana sempre re-começa aos domingos. Por isso neles sentimos a melancolia que lá no fundo brota como esperança.   

Jayme Camargo, 19/05/2013, 06:57.

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