O épico fato e o patético Pato
Após passar 16 das últimas 24 horas em um ônibus, no horizonte São Borja bate e volta, pedi ao motorista que me deixasse na praça do avião em Canoas. O relógio marcava 21hs e 36min. Caminhei em umas ruas semi-escuras em direção à estação do trensurb. Tomei o trem e o jogo já havia começado em meus ouvidos ligados no velho radinho de pilha. Desci na estação Anchieta e caminhei o trajeto de um pouco mais de 1 km, no meio do barro e da água acumulada no sofrível entorno da Arena. Em minhas costas uma pesada mochila fruto dos recém-chegados de viagens. Travessia realizada, entrei no estádio aos 34 da primeira etapa. A frustração por ter perdido a primeira meia hora da peleia, suplantada pela alegria de estar novamente junto com o meu time almado. Fui ao meu lugar de sempre e nele encontrei os novos amigos que dividiram comigo a arrancada “milagre da luz” - que o Grêmio teve a partir do confronto com o Cruzeiro. Naquela partida algumas previsões foram feitas a partir da queda de energia e ao se confirmarem ficaram conhecidas como o tal milagre. Tudo passou divinamente a dar certo, até mesmo 3 zagueiros e 3 volantes que passaram a ser escalados. Ontem, mais uma vez, reverberou o eco de uma previsão feita antes do fato. Em meio à pressão que ajudava a fazer antes de iniciar as penalidades, disparei: “o Dida vai defender o último pênalti do Pato que vai chutar rasteiro!”. Falei isso comprometido com a micro tese que tenho, a saber, que o Alexandre Pato é o maior blefe da recente história do futebol mundial. Ele nunca jogou coisa nenhuma. Pato deve ser lembrado mais como uma foca que como jogador, ao passo que nosso imaginário ao pensar em algum lance seu iluminado não consegue lembrar outro que as embaixadas com o antebraço. A sua cobrança foi lamentável. Além de revelar descompromisso e irresponsabilidade. Obrigado, Pato, por mais uma mentira sincera desvelada, essa pode valer um campeonato!
Jayme C.
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