segunda-feira, 7 de outubro de 2013

lua e estrela

Um domingo quente

Os domingos quentes na província me remetem ao suor, mas também ao tor por. De felicidade. Eu havia conhecido uma garota em um churrasco de aniversário de um querido amigo na zona sul. Tipo comédia romântica. Peguei carona com um lindo casal de amigos (que se conheceram na minha despedida quando fui morar em Brasília) e no caminho fomos resgatar uma amiga da minha amiga. Para ela também ir ao tal churrasco. O casal de amigos lhe dissera que iriam apresenta-la a um amigo que começava com a letra Jota. Detalhe do destino é que não era eu. Mas eu estava no carro e assim acabei a conhecendo antes do outro jota. Rimos, debochamos e depois falamos sobre a vida. Uma semana e um dia depois, além, é claro, de algumas profundas e poéticas conversas facebookeanas, estávamos eu, ela, e seus amigos, em um domingo quente no Gazômetro. O fatídico domingo em que a lua e a estrela se aliaram no céu. Se alinharam como Vênus enquanto deusa do calor. O grupo não deixou de observar, a tal garota tirou uma foto e (me) provocou: “diz uma legenda aí, tu que gosta das palavras!”. Demorei até ter a iluminação divina. O grupo cobrou: “tá, e aí, cadê a legenda?!”. E num lampejo de luz, subitamente, vislumbrei: “no domingo quente, a lua e a estrela no céu que as preenchem”. Assim nos entregamos. Dançamos ao som de Clara Nunes. Agora, vida que segue e se encarregue do horizonte...
Jayme C.

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