quinta-feira, 16 de outubro de 2014

amor



Um golpe de estados

Um golpe de estados. Da geografia das almas. Um amor que não tem distância. Múltiplas essências na mistura dos contextos. Texturas e sensibilidades ao invés de testes. Microvilosidades subjetivas. Tragos homéricos quando presentes. Estragos só nos sós: na parcial divisão dos mundos. O nosso desígnio é uma sina superável. A ilusão metafísica da ponte para unir aquilo que nunca está separado. O sentido. Sentimento acumulado. Pré-compreensão sensível. Nossa janela tem mares no horizonte. Tem lúgubres carinhos. Criativas aberturas de pequenos lugares. E o jeito do outro enquanto obra de arte. Um acontecer da verdade. De gostar do ser do outro. Não há afeto mais concreto.  Concretude afinidade existencial. Compartilhamos a política, a profissão e a poesia. Além do deboche do superficial. Amor leve, lúdico, carnal, por vezes louco. Consistente em seus infinitos instantes. Amor de questionamentos nietzscheanos. De sambas de Paulinho da Viola. Da psicanálise nos discursos e do desejo como fundamento.
Jayme C.   

Nenhum comentário:

Postar um comentário