Um golpe de estados
Um golpe de estados. Da geografia
das almas. Um amor que não tem distância. Múltiplas essências na mistura dos contextos.
Texturas e sensibilidades ao invés de testes. Microvilosidades subjetivas.
Tragos homéricos quando presentes. Estragos só nos sós: na parcial divisão dos
mundos. O nosso desígnio é uma sina superável. A ilusão metafísica da ponte
para unir aquilo que nunca está separado. O sentido. Sentimento acumulado.
Pré-compreensão sensível. Nossa janela tem mares no horizonte. Tem lúgubres
carinhos. Criativas aberturas de pequenos lugares. E o jeito do outro enquanto
obra de arte. Um acontecer da verdade. De gostar do ser do outro. Não há afeto
mais concreto. Concretude afinidade
existencial. Compartilhamos a política, a profissão e a poesia. Além do deboche
do superficial. Amor leve, lúdico, carnal, por vezes louco. Consistente em seus
infinitos instantes. Amor de questionamentos nietzscheanos. De sambas de
Paulinho da Viola. Da psicanálise nos discursos e do desejo como fundamento.
Jayme C.
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