quinta-feira, 17 de abril de 2014

politicamente (in)correto



Patrulheiros do politicamente (in)correto.
A era facebook nos legou mais um tipo de mala: os patrulheiros do “politicamente (in)correto” (doravante “PPI”). São os sujeitos que estão sempre prontos para fazer um adendo no post alheio em nome da moral e dos bons costumes. Jogam somente no time do politicamente correto. Normalmente são chatos e desagradáveis, além de materialmente não agregarem nada com seus comentários furados. Estão sempre e apenas na espreita de temas polêmicos: política, drogas, sexo, futebol, religião, feminismo, racismo, violência e outros de igual envergadura. Esse texto seria sobre a geral do grêmio. Desisti. Fatalmente viria alguém dizer que eu estava generalizando a geral, dadas às críticas e repulsa que estão latentes em minha mente sobre aqueles supostos torcedores. Os patrulheiros diriam: “não são todos que são violentos, conheço vários que estão lá e não vão para brigar”. Daí a minha conclusão (depois de muita análise) que os PPI em geral são meio ignorantes. Eles têm dificuldade de interpretação, isto é, de sacarem o sentido do argumento alheio. Ou pior, são mal intencionados mesmo. Sigo no meu exemplo, se escrevesse sobre a merda que é a violência oriunda da geral do grêmio, qual o cérebro de ervilha não compreenderia que estou falando apenas dos baderneiros? Que não estou incluindo os torcedores carentes que vão ao estádio só para torcer e ocupam aquele espaço por ser o mais barato. Nesse tipo de horizonte eles vão dando a sua opiniãozinha. É importante pontuar que os PPI normalmente não conseguem escrever mais de 10 linhas com sujeito, predicado e algum significado. São sanguessugas das ideias dos outros. Se o cara critica o capitalismo, então é comunista; se defende argumentos liberais, então é má pessoa. Se o cara fala bem das jovens, então não gosta das velhas. Se acha que tem que haver um marco regulatório para a nossa ardilosa imprensa, então é defensor da ditadura. Se fala que está só pela putaria com as minas, então é machista. Se defende a legalização da maconha, então é maconheiro. Se expressa que Caetano Veloso inventou um jeito brasileiro de ser bixa, então é homofóbico... Chega! Meu conselho é que os PPI devem aprender a defender o seu ponto de vista a partir da vista do seu ponto. Aproveito para me desculpar de alguma posiçãozinha PPI que tenha ocupado. O filtro próprio é rigoroso, mas às vezes nos escapa.
Jayme C.       

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