sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

ano novo, novo ano

REVEILLON DO CORAÇÃO
Passei diversas horas desse feriado de réveillon com o querido amigo Mau Saldanha. O Mau é o cara. O cotidiano com ele é na onda vida como um filme... Estávamos distantes menos de 5 minutos um do outro na caótica Capão. Nos pechamos logo no segundo dia na praia e não tivemos dúvida com relação ao nosso primeiro movimento: fomos aos camelôs e compramos uma bola para jogar o saudoso “3 dentro e 3 fora” – na areia fofa da praia. “Capom” sobrevive na penúria da infraestrutura. Esgoto no meio da areia da praia dividindo veranistas entre “além do esgoto e pós-esgoto”; ruas em seus cruzamentos todas inundadas com a chuva; e cheiro de esgoto por vezes no ar. O que será que a “crasse” dirigente caponense faz durante o inverno? Toma os seus Concha y Toro comprados no Nacional semi-vazio dos dias de frio, e assim esquece-se de cuidar das ruas, calçadas, saneamento básico, para o verão que tanta gente desde sempre receberá? Enfim, eu, Mau, Gabriel, Ratão e Angeloni abstraímos às dificuldades do Capão. Acabamos também encontrando outro ilustre amigo, Felipe Pimentel, com quem passamos horas leves, questionadoras, de muita “fala plena” entre amigos, mas também muito deboche e poesia da existência. Fizemos um sambinha com um cavaquinhista de uns 70 anos (“velho Abílio”), em Atlântida, na casa do Dr. hospitalidade – Negão Edu, local em que todos os citados reunidos tomamos o primeiro trago dois mil e catorzeano. Havia ainda a companhia do interessante e queridíssimo casal, Lela e Lagartixa (Juliano), com quem batemos papos muito legais em meio ao agradável “Lola Verano”. Lagartixa e eu dividimos um pouco do gremismo que tanto nos identifica, além de outros deboches antropológicos. E no meu caso antropofágico (“duelo de hip-hop”, nas palavras do Mau), em um dado momento “Sérgio Malandro” provocado. Muitos papos legais e com muito coração permeando os assuntos. Nesse dia o Pimenta veio falar sobre a sua ideia que é o coração quem garante os grandes momentos do ano. Não as realizações objetivas/concretas, isto é, não as metas cumpridas. Entretanto, por exemplo, os cotidianos simples compartilhados com quem gostamos. Em vários momentos dos dias que passamos juntos comemoramos o encontro. Reveillon com amigos do coração é o fundamental. O Mau é mestre nisso. Muito coração nos laços afetivos. Eu não queria o Capom, mas o Capom me quis. Saiu bem melhor do que o não esperado. Como me disse alguém em 2013, se não idealizamos, então não criamos expectativas. Um bom horizonte para as vivências do novo ano.
Jayme C.

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