quinta-feira, 22 de setembro de 2011

A província psicótica (o surto tricolor na decisão da Libertadores de 2007)


é fundamental debochar de si mesmo


A província psicótica (o surto tricolor na decisão da Libertadores de 2007)


Esses fatos aconteceram no não distante ano de 2007 na província de POA. Foi quando houve um surto psicótico em mais de metade da população habitante. As pessoas pareciam zumbis tomados pelo pensamento mágico. O grêmio com um time nada além de regular foi a bomboneira decidir a libertadores e levou um pau do boca juniors. 3 a 0 na cola e o pior surto psicótico em décadas nos gaúchos: os gremistas acreditavam que poderiam fazer 4 a 0 e sagrarem-se campeões na partida de volta no Olímpico. Tinham teses mirabolantes que iam desde o retrospecto último da época, até a eterna e surrada imortalidade tricolor. De fato o grêmio havia virado um 3 a 0 contra o Caxias pela semi-final do gauchão. O que levou a oficialização da psicose pelo diretor da época: “O boca juniors é o Caxias com grife”. Puxa vida, frase antológica, mas fanfarrônica! Ora, o grêmio da época era o Caxias com grife. No gol, Sebástian Saja, muita grife hermana, mas pouca bola – na posição decisiva, pois que faz o time não perder. O centroavante camisa 9, isto é, a posição que faz ganhar – Tuta, um pecherão que não jogava nada. E o “fiador” do time, o camisa 10, Tcheco, um jogador medíocre que nunca ganhou nada. O Boca um timaço com “pato” Abondanzieri, Palacio, Palermo e Riquelme. E os gremistas não estavam nem aí para a diferença dos times. Foram contaminados pelo vírus da magia tricolor.


Achamos um vídeo da época que comprova o argumento do surto. Comentaremos passo a passo para ilustrar alguns aspectos de como a província vivenciou a epidemia.


1) A primeira dama do almoço na província se “equívoca”, logo aos 5 ss de vídeo ao falar “derrota gremista, aliás, derrota brasileira”, secadora que deve ter olhado o jogo na cama do inimigo; se pausa-se nos 16 ss de vídeo dá para ver direitinho a cara de deboche por dentro dela pela derrota e esquizofrenia gremista por acreditar na virada; 2) aos 30 ss um dos primeiros infectados que trouxeram o vírus de Buenos Aires deu o seu depoimento – a voz rouca denunciava a batalha da bomboneira “quarta feira vamos levantar o caneco”, diz o miserável sorrindo; 3) a tese de sempre do sofrimento característico das conquistas gremistas: até pode ser que as conquistas tenham sido assim, mas as vezes é sofrido porque é um grêmio sofrível e não um grêmio campeão (aos 30 ss o camelô gremista com a esperança no olhar); 4) aos 57 ss a prova de que o surto atingiu até os mais velhos, pois um senhor de seus 60 anos disse acreditar: “o que é que custa ganhar do boca”, disse o velho. Como assim o que é que custa, cara-pálida?! Custa a Boca! 5) a 1 min e 17 ss a companheira da primeira dama do almoço fala para o Paulo “Grito” – “tá complicado, mas o que tem de gente falando em milagreeee”; 6) aos 2min e 27ss um dos auges da psicose – a expulsão de Sandro Goiano, isto é, o maior símbolo de que os aflitos foi muito mais um barraco que uma batalha, esse jogador é o símbolo de uma década de derrotas gremistas (2001/2011). Confundir batalhas com barracos significa glorificar perdedores (e nesse caso alguns casos do vírus até hoje não curados...); 7) aos 3min e 12ss o gol contra mostrava o sintoma “patricius” no surto psicótico da província; 8) aos 3 min e 33 ss atrás do repórter um grupo de torcedores que foi ao aeroporto receber o time, dá para ver bem direitinho o abobado falando na roda de amigos numa postura do tipo: “é certo que vamos ganhar, o grêmio é imortal”; 9) e aos 3min e 42 é hilário um dos guris abrindo um cartaz de cartolina com os dizeres “eu acredito”; 10) aos 3 min e 46 não menos hilário o depoimento de um dos Eufóricos guris psicóticos; 11) e, para finalizar, aos 3 min e 58, os surtados do cartaz abrem ele e a câmera foca “eu acredito e sei que vocês Também acreditam”, ou seja, “tamo-junto” nessa loucura pessoal... Infecção generalizada. Admito que em alguns momentos também acreditei.


Jayme Camargo é gremista e freqüenta o Olímpico desde 1991.

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