domingo, 14 de agosto de 2011

Não leiam mais uma “bobagem” do coração sobre vida, amor e cotidiano

Não leiam mais uma “bobagem” do coração sobre vida, amor e cotidiano, por Jayme Camargo

Nós teríamos a vida que hoje é um sonho... Dividiríamos o cotidiano e todas as descobertas que ele proporciona. Correríamos em meio à natureza pela aurora das manhãs. Almoçaríamos juntos quando possível. Transariamos no começo da tarde sempre que as horas esporadicamente permitissem. Trabalharíamos mais felizes por saber que os prazeres da noite em algum momento seriam nossos. E nela um mundo de fantasias tomadas de tesão e amor. Beberíamos. Brindaríamos. Faríamos tudo que a fantasia de um casal unido na carne e no espírito inspirasse. Nossa vida seria pira na cama e chama na emoção. E ao mesmo tempo brisa em seus momentos de cuidado e distinção. Jogaria bola com os primos. Seria amigo verdadeiro das queridas primas. E o dindo simbólico das crianças (em nossa rotineira reciprocidade de carinho). Ah, as crianças... Continuam sendo as mais sábias criaturas. Gostam só de quem sabe gostar e bancar essa transparência. As crianças só se apegam as pessoas que se permitem apegar. É a luz interior. Alumia ou não alumia. Nossa vida seria luz. Seria encantamento ao ver a lua. Seria lembrar ao outro de vê-la. Não seria apenas ver, seria também enxergar. Afinaria a religiosidade em contato com uma mãe. Refinaria o equilíbrio em contato com um grande pai. Tudo na vida é aprendizado quando aprendemos a enxergar. Nossa vida seria somar. Isso também se diz crescer. Evoluir devido ao conviver. Não há nada mais pleno em uma vida no amor que o evoluir pelo conviver. Mudar inconscientemente sem sentir a dor. Talvez o único sentido em que a rima não seja pobre ao se rimar com amor. Nossa vida seria uma rima rica. Fraternos e queridos amigos nos visitariam. Em qualquer lugar que estivéssemos. Misturaríamos contextos de pessoas simples, sensíveis e verdadeiras. E assim seríamos capitães de uma arca batizada com algum nome de flor. Nela carregaríamos as boas emoções oriundas de nós e de nossa mistura de mundos. Seríamos simplesmente “com”. Descarece um complemento. Não há objeto que corresponda ao “com” entre vida e amor. Simplesmente viveríamos, isto é, viver-iamos. Algum dia há de viver vamos...

no ônibus da vida as 20hs e 20min do dia 09/08/2011

Um comentário:

  1. Por que? Por que os tempos de compreensão mais se desencontram que se encontram? Algum dia há de viver vamos... Bela bobagem.

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