quarta-feira, 2 de novembro de 2011

A música – crônica de minha existência.

à Joana

A música – crônica de minha existência.

(a felicidade)

a vida é uma gota de orvalho numa pétala de flor. Cai como uma gota de amor.vivemos milhares de experiências de tristeza e dor até chegar aos raros momentos de felicidade. Delicada vida. Perdemos pessoas de morte morrida e de morte no amor. São as duas formas que humanamente temos de perder o outro. E perdemos demoradamente, também aos milhares, para conseguir os pequenos espaços de beijos de amor. Há no cotidiano uma máxima: “tristeza não tem fim, felicidade sim”. Tal máxima significa a nossa máxima dor. Não há vento que afaste a nossa fantasia, de rei ou de pirata ou jardineira, de tudo não se acabar na quarta feira. As cinzas, porém, são inevitáveis. Por vezes perdemos porque terminamos, por outras terminamos porque perdemos. A grande ilusão que temos do não ter fim o carnaval. Mas, Todo carnaval tem seu fim. Abrandamos a nossa alma com pequenas poções de ilusão. É a pluma do vento que nos leva pelo ar. Nossa felicidade voa tão leve, mas tem a vida breve. É o sonho que, por sua condição, nunca sabemos quando vamos sonhar. Para que acordemos alegres como o dia, atravessamos várias noites frias. Há Travessias. Entretanto, o nosso desejo: Travessuras. O ideal maduro, acreditamos, travessias que propiciem gozos em forma de travessura. Que tenham Cores. Que viva a natureza há flora. Que floreça e que aflore. Há um certo “Tom” na vida: Tristeza não tem fim, Felicidade sim.

Jayme Camargo da Silva,
No capão novo de 30 de outubro de 2011, às 03:07.
(ao som do “caríssimo” João Gilberto)

Nenhum comentário:

Postar um comentário