domingo, 3 de julho de 2011

estilo cachorro

a todas as mulheres integras

Não é machismo (estilo cachorro).

Mano brown, como em não raras vezes, acerta em cheio na música “estilo cachorro”. Seu tema: o comportamento que as mulheres em geral fixaram como o padrão que lhes atrai. Há quem diga – há trai. Por exemplo, Djavan canta: dizem que o amor atrai. Sim, deturpamos o sentido de Djavan. Talvez tentando dar mais su(b)stância ao seu idioma musical. Não desconsideramos o seu talento, mas somos mais amigos de Brown. E ele defende a idéia que as mulheres em geral consagraram o estilo cachorro como o padrão masculino. Elas valorizam, portanto, a sensação de poder que os cachorros as conferem no cotidiano. Logicamente não estamos falando de todas as mulheres. Nosso alvo, tal como os Racionais, são o grande número de cachorras soltas por aí no dia-a-dia. Elas determinaram a valorização dos cafajestes (doravante “cafas”). A consagração dos canalhas. Esses dias estava a conversar com três belíssimas e interessantes mulheres da faixa dos trinta. Elas falavam justamente do fato das meninas da faixa dos vinte atraírem e gostarem dos cafas. Diziam as três mosqueteiras que com o chegar aos trinta a mulher passa a gostar dos queridos. Talvez seja. O problema é que como os vinte vem antes dos trinta, a referência resta prejudicada. É corriqueiro escutarmos das próprias cachorras que elas adoram os canalhas. Brown pressupõe no cristalino a dependência freudiana que temos, isto é, temos um olhar (no) sexual. E como em geral são as mulheres que decidem com quem vão transar, elas definem o critério. Diz a canção: “pra conseguir o que sempre quer, utiliza a mesma arma que você, mulher”. O estilo cachorro é a arma das cachorras. Mas, onde late a sua alma?

Jayme Camargo


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