sábado, 16 de agosto de 2014

vida como um filme

Um sábado sobre o amor
O sábado havia sido primaveril naqueles dias de inverno. Uma trégua para o frio. Assim deslizamos abraçados em mais um de nossos incríveis encontros. Nossa familiaridade foi desenvolvida. E mesmo na discrição do nosso ser-com, o nosso compartilhamento de mundos refletido em nossos jeitos. Habitamos conjugadamente no complexamente simples. Temos no desejo do outro um critério sempre observado. E assim nossos acordos são leves e fáceis em face da sensibilidade significada. Nosso cotidiano é um acontecimento, é fenômeno, fenomenológico. Vivenciamos as vivências comungadas sempre a flor da pele. Nossos mitos fundantes demonstraram abertura para um diálogo agregador e constante. E assim mais um horizonte re-significados ao invés de re-calcados. Tivemos momentos de lampejos de paixão adolescente, aquelas primeiras que nos transbordam de sentimento, ao darmos as mãos recolhidos em nosso mundo possível. Tivemos momentos de múltiplos sorrisos no deboche oriundo do disco quebrado. Adoramos o contexto: “assim você não vai mais ser convidado”, pois nele estava implícito o nos encontramos para ficar. Fugimos já no começo da madrugada para apenas juntos re-pousar. De fato aterrissamos na vida do outro. E a partir de então as vivências ganharam um tom vida como um filme. Um golpe de estado(s)! Das almas e dos “brasis”. Naquele sábado, a vida nos re-uniu e Caetano nos cantou...
Jayme C.

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