quarta-feira, 10 de julho de 2013

festa



Festa com a galera dos vinte
Fui a duas festas onde a faixa etária era vinte anos. Aliás, acho que se o instituto Gallup fizesse uma pesquisa, apontaria precisamente os 21 como a média de idade de uma delas. Fiquei por aproximadamente 47 minutos nela – foi o tempo de tomar uma dose de uísque e questionar a minha presença lá. A dúvida surgiu inequivocamente por uma razão inicial: não me senti acolhido e minha sensibilidade acusou. Sempre gosto de sentir a vibe geral do lugar ao chegar nele para o dionisíaco. Só posterior ao sentir negativo é que o meu lado antropólogo urbano tenta compreender em linguagem o que já não curti. Daí percebi que a festa era de uma galera “jovem ainda, jovem ainda, jovem ainda”, como dizia a inesquecível melodia do Chaves. Preciso ser enfático nesse ponto: eram extremamente jovens. Era perceptível nas faces, nas práticas e na (falta de) educação. Como o lugar estava bem cheio, a ansiedade para chegar ao bar e conseguir uma bebida era atropelante. As garotas não (a)pareceram como mulheres interessantes, entretanto, apenas como garotinhas. E os papos que chegavam a meus ouvidos não eram deboches qualificados, não faziam rir. Sei que tem pessoas interessantes e maduras em todas as idades. Porém, em algumas circunstâncias, a maioria faz a força. Constitui a vibe do lugar. E se a vibe desce na força, então alguém está fora do lugar. Moral da história: prefiro lugares em que a mescla geracional seja mais para cima do que para baixo. Afinal, já basta a juventude própria a ser coordenada quando em seus rompantes de aparecimento.
Jayme C

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