Um sábado sobre o amor
O sábado havia sido primaveril naqueles dias
de inverno. Uma trégua para o frio. Assim deslizamos abraçados em mais
um de nossos incríveis encontros. Nossa familiaridade foi desenvolvida. E
mesmo na discrição do nosso ser-com, o nosso compartilhamento de mundos
refletido em nossos jeitos. Habitamos conjugadamente no complexamente
simples. Temos no desejo do outro um critério sempre observado. E assim
nossos acordos são leves e fáceis em face da sensibilidade
significada. Nosso cotidiano é um acontecimento, é fenômeno,
fenomenológico. Vivenciamos as vivências comungadas sempre a flor da
pele. Nossos mitos fundantes demonstraram abertura para um diálogo
agregador e constante. E assim mais um horizonte re-significados ao
invés de re-calcados. Tivemos momentos de lampejos de paixão
adolescente, aquelas primeiras que nos transbordam de sentimento, ao
darmos as mãos recolhidos em nosso mundo possível. Tivemos momentos de
múltiplos sorrisos no deboche oriundo do disco quebrado. Adoramos o
contexto: “assim você não vai mais ser convidado”, pois nele estava
implícito o nos encontramos para ficar. Fugimos já no começo da
madrugada para apenas juntos re-pousar. De fato aterrissamos na vida do
outro. E a partir de então as vivências ganharam um tom vida como um
filme. Um golpe de estado(s)! Das almas e dos “brasis”. Naquele sábado, a
vida nos re-uniu e Caetano nos cantou...
Jayme C.
sábado, 16 de agosto de 2014
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