quarta-feira, 28 de julho de 2010

poesia


ao Vado Vergara,

pela persistência em continuar sentindo


no dia em que ela não atende

meu coração em aperto e abandono

sou colocado no mudo

na estrada destruição do sonho


não permito mais

que meu pensamento exista nela

pensamento que des-exista

na mesma medida para ela...


o amor é jogo em seu começo

e no seu começo em jogo:

angustia, dor e sofrimento

é relação de causa – sem efeito

é defeito, é puro desafeto!


desfeito o projeto não mais a protejo

não mais a penso, não a respiro

não piro pela sua ausência

foda-se meu sentimento!


ela é quem não o merece

e assim – o desmereço

o despeço em meu despedaço

o impesso de lhe dar espaço

a desnudo do meu imaginário...


Jayme Camargo - inverno de dois mil e dê (2010)

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