sábado, 17 de julho de 2010

ensaio de segurança pública e amor


Ao mestre Juremir Machado da Silva,

pela independência na ironia da “província”.


A beleza da Brigada


Por essa ninguém esperava. A governadora Yeda, através de sua tentativa de reforçar a tropa de choque, terminou foi chocando aos corações dos gaúchos. Logo ela, tantas vezes acusada de ser pouco feminina, de ser dura como um xiita militante. Pois, o que a governadora pretendia com a atitude de colocar 3.500 homens a mais nas ruas, certamente era reforçar sua política criminal conservadora. Em 3 anos e meio de governo, registraram-se na área da segurança pública inúmeras práticas do governo Yeda identificadas com aquilo que, em direito penal, denomina-se “direito penal do inimigo”. Isto é, em linguagem bem cotidiana, “atira e depois vê o que acontece”. Poderíamos ser mais acadêmicos, mas não é essa a pretensão ora em questão. Assim, faremos mão de outro exemplo cotidiano, sobre a pratica da política criminal do inimigo, nos últimos anos de governo. O coronel Mendes foi o comandante geral da Brigada Militar. Promotor de (in)segurança pública, causou pânico a toda sociedade gaúcha quando, frente à acontecimentos que envolvessem “grupos de pessoas”, deveria responder pelas liberdades, igualdades e fraternidades, dos cidadãos que estivessem presentes. Como sempre, quando a violência parte das instituições oficiais, elas oficializam violentos. Conferem grau de promotor de políticas públicas, a sujeitos que des-conhecem o necessário republicanismo no trato com a esfera pública. No direito penal do inimigo é necessário referir, ainda, que ele ignora o fato concreto que a violência implica necessariamente em mais violência. Um princípio verificável constantemente em nosso cotidiano. Assim, na tentativa de reforçar o “sentimento de segurança” dos gaúchos, a governadora “recauchutou” o quadro da Brigada Militar. Incrível foi a conseqüência. O quadro não só é bastante jovem, mas também é igualitário no gênero. Ou seja, começaram a ter pelas ruas da capital inúmeras jovens brigadianas. E o mais esplendido reside no conteúdo estético: muitas delas são belas. Sim. Não pensem em brigadianas como as jogadoras da seleção brasileira de futebol feminino. Não. De fato não é esse o paradigma da brigada de Yeda. Nossa tropa de choque está qualitativamente equipada de belezas. Resolvi escrever esse texto, devo confessar, pois me peguei “secando” uma brigadiana, em uma rápida ida de T7 do Bom fim à Cidade baixa. Frente ao acontecimento, não pude deixar de perceber a presença de um duplo sentimento em meu coração. De um lado estava retido pela efêmera paixão surgida por “soldada Alves”, presente no coletivo. Por outro, temor frente ao que poderia decorrer: imaginem se soldada Alves, no horizonte do direito penal do inimigo e sua máxima intervenção penal, resolvesse me dar “voz de prisão”?! Imaginem, uma mulher em nome de uma ineficiente política criminal, não perceber que cativou alguém pelo seu lado não-policial?! Seria péssimo. Só me restaria dizer que eu estava encantado pela sua formosura, e que com todo respeito, mesmo sabendo que ela estava em serviço, eu não estava, e assim não consegui deixar de restar preso, mas preso com o coração...

Jayme Camargo da Silva


Um comentário:

  1. Parabéns Jayme pela escolha do tema e principalmente da personagem que te inspirou.Não apenas porque a conheço desde muito menina, mas principalmente por ser um ser humano lindo(a).Como não se inspirar com aquela beleza gaúcha, meiga e sempre muito espontânea.O trabalho realizado por estas soldadas vão muito além de beleza e competência, trata-se de uma mudança de cultura no ramo, o valor devido a uma atividade de tamanha importância.Mas como você relata em seu artigo, a beleza prendeu você pelo coração srsrsrsrssr, imagino que para vocês homens é muita inspiração, e não tem como não enxergar além de uma farda.Passei a admirar seu blog desde então, porque sou fã número 1 desta "menina"...hoje soldada!!!!!!!

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