sábado, 19 de junho de 2010

poesia do dia de chuva II

Sou a antes de tudo... Nada!
Sou a pele enfadada, o tédio
Médio que tem todo contudo
Sou sem remédio, o muro...
O furo do mundo, um ébrio!
Hiberno em sono rotundo
Quase um desmundo, eterno
Onde quero gritar, mudo...

Nada sou antes de tudo!
No riso terno da pretendente
No sonho eterno diariamente
Adio a morte nesse profundo
Construo a história de nossa vida
Fabrico a vinda de uma memória
E vou sozinho, nesta berlinda
Trazer as marcas da nossa estória...

Jayme Camargo e Lorenzo Ribas

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