Deboches
e delírios sobre o pensamento comum no cotidiano
Um pensamento que constantemente tente pensar o impensado. Que se espalhe como uma névoa. E subverta os modos comuns de pensarmos as mesmas coisas. Que fuja do copiamos colamos característico do pensamento vigente. O pensamento no cotidiano está deveras contaminado. Quem tem coragem de pensar diferente? Quem não pensa a diferença é figurante na vida real. Na vida de carne e osso. Em que pessoas nascem e em que pessoas morrem. Enquanto isso vamos pensando repetidamente. Chamamos tudo de “sua linda”, pois é como todo mundo chama. Pensamos as mesmas coisas sobre as coisas mesmas. Ou seja, pensamos sobre a intimidade das coisas do mesmo modo que todo mundo pensa. É a morte da poesia. Do cotidiano diferente. De novos sentidos. De resignificados ao invés de recalcados. Tal como nos originamos. Na diferença habita o deboche qualificado. O dionisíaco libertador que é provar o inusitado. Nossos momentos seriam mais coloridos se também utilizássemos o pensamento como deboche. A ironia fina, por que humilde, mas também sagaz. Seriamos menos carrancudos. Mais livres. Mais vivos. Menos mortos vivos. Enquanto reproduzimos o senso comum, somos “fantóxicos”. Assumimos o sono via rivotril, mas proibimos o beck. Raramente falamos de verdade. E assim raras as mentes falam a verdade. Nosso silêncio não significa a nossa fala. Falamos todos iguais sobre os mesmos objetos. E por isso tanto vazio quando a angustia nos corta as palavras.
Jayme C.
Um pensamento que constantemente tente pensar o impensado. Que se espalhe como uma névoa. E subverta os modos comuns de pensarmos as mesmas coisas. Que fuja do copiamos colamos característico do pensamento vigente. O pensamento no cotidiano está deveras contaminado. Quem tem coragem de pensar diferente? Quem não pensa a diferença é figurante na vida real. Na vida de carne e osso. Em que pessoas nascem e em que pessoas morrem. Enquanto isso vamos pensando repetidamente. Chamamos tudo de “sua linda”, pois é como todo mundo chama. Pensamos as mesmas coisas sobre as coisas mesmas. Ou seja, pensamos sobre a intimidade das coisas do mesmo modo que todo mundo pensa. É a morte da poesia. Do cotidiano diferente. De novos sentidos. De resignificados ao invés de recalcados. Tal como nos originamos. Na diferença habita o deboche qualificado. O dionisíaco libertador que é provar o inusitado. Nossos momentos seriam mais coloridos se também utilizássemos o pensamento como deboche. A ironia fina, por que humilde, mas também sagaz. Seriamos menos carrancudos. Mais livres. Mais vivos. Menos mortos vivos. Enquanto reproduzimos o senso comum, somos “fantóxicos”. Assumimos o sono via rivotril, mas proibimos o beck. Raramente falamos de verdade. E assim raras as mentes falam a verdade. Nosso silêncio não significa a nossa fala. Falamos todos iguais sobre os mesmos objetos. E por isso tanto vazio quando a angustia nos corta as palavras.
Jayme C.